Francis Hong Yong-ho
Francis Hong Yong-ho | |
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Nascimento | 12 de outubro de 1906 Pyongyang |
Morte | século XX |
Cidadania | Coreia do Norte |
Ocupação | teólogo, padre, bispo católico |
Religião | Igreja Católica |
Francis Hong Yong-ho (coreano 홍용호 프란치스코; Pyongyang, 12 de outubro de 1906; perdido desde 1962) foi um bispo católico romano de Pyongyang, Coreia do Norte.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Hong Yong-ho recebeu a ordenação em 25 de maio de 1933. Em 24 de março de 1944, ele foi nomeado por Pio XII como vigário apostólico de Heijō e Bispo-Titular de Auzia. Foi ordenado bispo em 29 de junho daquele ano, em Pyongyang, por Boniface Sauer, OSB, Abade de Tokugen o Tokwon e Administrador Apostólico de Hamheung (Coreia do Norte); os principais co-consagradores foram os bispos Ireneus Hayasaka Kyubei, Administrador Apostólico de Taiku (Coreia do Sul), e Paul Marie Kinam Ro, Vigário Apostólico de Seul.[2]
Na década de 1940, 166 padres e religiosos da Igreja Católica Romana foram assassinados ou sequestrados na Coreia. Francis Hong Yong-ho foi preso pelo regime comunista de Kim Il Sung em 1949.[1] O Vicariato Apostólico de Heijō mudou seu nome para Pyongyang em 12 de julho de 1950 e foi elevado a Diocese de Pyongyang pelo Papa João XXIII em 10 de março de 1962, com Francis Hong Yong-ho, em protesto, como o primeiro bispo da nova diocese.[3]
O anuário oficial do Vaticano continuou a reconhecê-lo como chefe da Igreja em Pyongyang, embora como "desaparecido", até junho 2013, quando foi declarado morto. O ano da morte permanece desconhecido.[1][4]
Em 2006, o Cardeal Nicolas Cheong Jin-suk, da Arquidiocese de Seul, falou sobre a tradição da Santa Sé de listar Yong-ho como desaparecido e não como falecido:[1][5]
“Não há conhecimento de padres que sobreviveram à perseguição que ocorreu no final da década de 1940, quando 166 padres e religiosos foram mortos ou sequestrados. O Anuário Pontifício continua a descrever como “desaparecido” o homem que era o bispo de Pyong-yang na época, Monsenhor Francis Hong Yong-ho, que hoje teria cem anos. É um gesto da Santa Sé para apontar a tragédia que a Igreja na Coreia sofreu e ainda está passando.”
Logo após o reconhecimento de sua morte, a conferência dos bispos coreanos pediu à Congregação para as Causas dos Santos um 'nihil obstat' para a abertura da causa de beatificação do Bispo Francis Hong Yong-ho, bem como de 80 de seus companheiros.[1][6]
Em 2017, estava em andamento a causa de canonização de Yong-ho e outros 77 mártires que morreram durante a perseguição religiosa do regime comunista da Coreia do Norte: dois bispos, 48 padres, três seminaristas, sete irmãs e 21 leigos. O bispo de Daejeon, na Coreia do Sul, Lazarus You Heung-sik, era o presidente do comitê de beatificação.[5] Em 2022, o comitê especial concluiu a investigação para a beatificação do mortos pelo regime coreano e os papéis foram para a Congregação para as Causas dos Santos em Roma.[7][8]
Referências
- ↑ a b c d e «North Korea could soon have its first saint: Hong Yong-ho». Catholic News Agency (em inglês). Consultado em 18 de junho de 2020
- ↑ «Bishop Francis Hong Yong-ho [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ «P'yŏng-yang (Diocese) [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ «"Cappella Papale Santa Messa In Suffragio Dei Cardinali E Vescovi Defunti Nel Corso Dell'Anno Celebrata Dal Santo Padre Francesco"» (PDF) (em italiano). 4 de novembro de 2013. Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ a b Ryan, George (15 de janeiro de 2020). «The Mysterious Disappearance of the Last Catholic Bishop of North Korea». uCatholic (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ «Bispos da Coreia pedem canonização de mártires assassinados por comunistas». Aleteia: vida plena com valor. Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ «Martyrs of Pyongyang and the war: the diocesan investigation for beatification ends». www.asianews.it (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2024
- ↑ «Llegan a Roma las causas del obispo de Pyongyang y otros 80 mártires del comunismo en Corea». https://www.religionenlibertad.com (em espanhol). 10 de junho de 2022. Consultado em 26 de setembro de 2024